16.6.14

porque a Escrevente é um eterno devir

há gentes batendo na porta?
diga que estou ocupada

- que talho em abstrato
minha face
com memórias do nada

que concebo sonhos e ilusões
com palha e cristal

impossíveis

diga que metamorfoseio
palavras
para alimentar-me
do humano

em mim

diga, diga às gentes
que amanhã serei eu

que voltem a bater

(Curiosa)
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