23.9.13

porque a Primavera ilumina a poeta

EQUINÓCIO da PRIMAVERA

dia e noite do mesmo tamanho

sua sombra do tamanho dela mesma
sua fome do tamanho da sua morte
sua vida do tamanho do seu nada

mas
a cada dia
o dia maior que a noite
a luz maior que a sombra
a fome maior que a vida

ela mesma
maior que a morte

desabrocha a poeta
do tamanho da Primavera

(Curiosa da Vida)




3.9.13

porque a Escrevente se sente avelhentada












AVELHENTADA

a garotinha perdida
já velhinha - encontrou-se:

esteve presa em fotografias antigas
de momentos esquecidos da infância
quando seus olhos ainda sabiam ver
a magia do tempo à sua frente

eram tantas as possibilidades de existência
(da sua existência!)
que o mundo se reencaixava
a cada novo pensamento seu
recriando-se
quadro a quadro
como a reprodução de um filme em câmera lenta:
o filme de sua vida
(de suas possíveis vidas)

um filme - que hoje sabe
fixo em uma cena só
descorado pelo tempo
terá o final de todos os filmes
- virar pó

(Curiosa da Vida)
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