21.12.13
18.12.13
porque a Escrevente não esquece de lembrar da Morte
SE EU MORRESSE HOJE ou DAS FUTILIDADES HUMANAS
a gaveta do escritório desorganizada
uma unha ainda encravada
um presunto vencido na geladeira
minha blusa preferida: na costureira
- com que roupa seria enterrada?!
Curiosa da Vida
a gaveta do escritório desorganizada
uma unha ainda encravada
um presunto vencido na geladeira
minha blusa preferida: na costureira
- com que roupa seria enterrada?!
Curiosa da Vida
23.9.13
porque a Primavera ilumina a poeta
EQUINÓCIO da PRIMAVERA
dia e noite do mesmo tamanho
dia e noite do mesmo tamanho
sua sombra do tamanho dela mesma
sua fome do tamanho da sua morte
sua vida do tamanho do seu nada
mas
a cada dia
o dia maior que a noite
a luz maior que a sombra
a fome maior que a vida
a luz maior que a sombra
a fome maior que a vida
ela mesma
3.9.13
porque a Escrevente se sente avelhentada
AVELHENTADA
a garotinha perdida
já velhinha - encontrou-se:
esteve presa em fotografias antigas
de momentos esquecidos da infância
quando seus olhos ainda sabiam ver
a magia do tempo à sua frente
eram tantas as possibilidades de existência
(da sua existência!)
que o mundo se reencaixava
a cada novo pensamento seu
recriando-se
quadro a quadro
como a reprodução de um filme em câmera lenta:
o filme de sua vida
(de suas possíveis vidas)
um filme - que hoje sabe
fixo em uma cena só
descorado pelo tempo
terá o final de todos os filmes
- virar pó
(Curiosa da Vida)
30.6.13
porque o corpo da Escrevente já não lhe comporta
VELHICE
a poeta é uma fingidora
finge tão completamente
que chega a fingir que é vida
a morte que deveras sente
(Curiosa)
a poeta é uma fingidora
finge tão completamente
que chega a fingir que é vida
a morte que deveras sente
(Curiosa)
7.4.13
porque a Escrevente há de lembrar de esquecer
SOBRE UM AMOR PLATÔNICO II
de repente
na multidão
uma voz
!
!
¨
não é
(...)
a cada dia
esqueço teus olhos
esqueço teu cheiro
esqueço teu jeito
te esqueço
mas tua voz
reverbera
(ainda)
em meu ventre
(autônoma!)
sobe-me
e desce
a kundalini
!!
goza-me
(louca!)
teu riso
que não ouço
teu riso
que esqueci
(Curiosa)
6.3.13
porque a Escrevente precisa de palavras para fazer amor
AO PRÓXIMO AMOR: INFORMAÇÕES BÁSICAS
cada gozo
me requer horas
de pele a pele
nesse tempo
as palavras me seduzirão
mais que o toque
não, não fiques em silêncio
(senão em poucos dias especiais)
pois cada palavra certeira
me molha ao êxtase
e do clímax
também
me trará de volta a tua voz
então
cada gozo
me requer horas
de pele a pele
nesse tempo
as palavras me seduzirão
mais que o toque
não, não fiques em silêncio
(senão em poucos dias especiais)
pois cada palavra certeira
me molha ao êxtase
e do clímax
também
me trará de volta a tua voz
as palavras
dentro do tempo
definirão o tempo
de minha pequena morte
definirão o tempo
de minha pequena morte
(e definirão se ela existirá)
então
meu próximo amor
tuas palavras
tuas palavras
serão o nosso tempo
(Curiosa)
(Curiosa)
23.2.13
crossdresser
CROSSDRESSER
tem nuances
de rosa
na alma
umidade feminina
nas entranhas
poderes uterinos
no pênis
sabor de poesia
no olhar
tem nuances
de rosa
na alma
umidade feminina
nas entranhas
poderes uterinos
no pênis
sabor de poesia
no olhar
(Curiosa)
..
..
6.2.13
Porque a escrevente ficou sem título, mais uma vez
SOBRIEDADE
somente por hoje
eu não te lembrei
eu não te fumei
somente por hoje
eu não te lembrei
eu não te fumei
6.1.13
porque a Escrevente fez um plágio de Vinícius de Moraes
SONETO DA inFELICIDADE
de tudo ao meu amor eu fui atenta
de tudo ao meu amor eu fui atenta
antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior desencanto
dele se encantava mais meu pensamento
quis vivê-lo em cada vão momento
em seu louvor cantei seu canto
ri seu riso e derramei seu pranto
vivi seu pesar ou seu contentamento
e assim quando mais tarde me encontrou
a indignidade, angústia de quem ama
ou a solidão, fim de quem vive
eu pude dizer algo do amor (que não tive):
que era mortal, posto que não mais inflama
sendo finito, como todos os que eu tive
(Curiosa)
[plagiando Vinícius de Moraes, claro - do seu Soneto da Fidelidade]
....
1.1.13
porque a Escrevente sente acabar o mundo quando namora
O TEMPO DO SEXO
fins-de-mundo sucumbem
pelo calendário de seu nome
eras psíquicas se sucedem
pelo sincretismo de seu nome
amores nascem e morrem
pelos desvãos de seu nome
grito seu nome - meu amor
e assim vou tecendo meu tempo:
a cada gozo - amanheço você
(Curiosa - dez/2010)
...
fins-de-mundo sucumbem
pelo calendário de seu nome
eras psíquicas se sucedem
pelo sincretismo de seu nome
amores nascem e morrem
pelos desvãos de seu nome
grito seu nome - meu amor
e assim vou tecendo meu tempo:
a cada gozo - amanheço você
(Curiosa - dez/2010)
...
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