21.1.12
15.1.12
porque a Escrevente se envergonha de alguns de seus atos
ISSO NÃO É UM POEMA ou CONFISSÃO
quando meus eus
mais sombrios
tomam a frente
revelo para o mundo
o que nem eu sabia
o medonho de mim
o ato
escorregadio
ladino
sem ética
racionalidade
ou moral
eu não sou um ser humano bonito
já fui
aos sete
eu era inocente
confiante
feliz
idônea
fraterna
mas desde a
vez primeira em que me assassinei(*)
perdi um jeito de sentir que eu tinha
e depois
das outras vezes em que me matei
foi-se qualquer nobreza que havia
e hoje
dos meus eus
eu sou a mais ignóbil
a que não tem mais nada
morresse agora
não me restaria nem mesmo a vela na mão
carinho que somente defunto amado tem
não me arde nenhuma chama
de empatia pelo que me tornei
e quando
uma de mim se adianta
com bandeira de autocompaixão
quando meus eus
mais sombrios
tomam a frente
revelo para o mundo
o que nem eu sabia
o medonho de mim
o ato
escorregadio
ladino
sem ética
racionalidade
ou moral
eu não sou um ser humano bonito
já fui
aos sete
eu era inocente
confiante
feliz
idônea
fraterna
mas desde a
vez primeira em que me assassinei(*)
perdi um jeito de sentir que eu tinha
e depois
das outras vezes em que me matei
foi-se qualquer nobreza que havia
e hoje
dos meus eus
eu sou a mais ignóbil
a que não tem mais nada
morresse agora
não me restaria nem mesmo a vela na mão
carinho que somente defunto amado tem
não me arde nenhuma chama
de empatia pelo que me tornei
e quando
uma de mim se adianta
com bandeira de autocompaixão
cuspo-lhe a cara
umas mim não merecem piedade
(Curiosa)
..
(*)
menção ao poema
da vez primeira que me assassinaram
umas mim não merecem piedade
(Curiosa)
..
(*)
menção ao poema
da vez primeira que me assassinaram
de Mário Quintana
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
..
a Escrevente teve um problema com ela mesma ...
está off ...
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
..
a Escrevente teve um problema com ela mesma ...
está off ...
1.1.12
porque a Escrevente encontrou um velho cartão do ex-atual-sempre-amor
ESCREVIVÊNCIA
por vezes
as palavras que alcanço
me estranham
não me dizem mais
me afastam
de mim
do outro
então
quando a Palavra não me diz
por vezes
as palavras que alcanço
me estranham
não me dizem mais
me afastam
de mim
do outro
então
quando a Palavra não me diz
invento Palavra que me diga
e no milagre da escrevivência
sai-me Nova Palavra das entranhas
gritando por sua existência
sai-me Nova Palavra das entranhas
gritando por sua existência
a Palavra
recém-parida
virgem de pronúncia
oca de significado
preenche-se de mim
e eu volto a existir
inflorescida
(Curiosa)
..
oca de significado
preenche-se de mim
e eu volto a existir
inflorescida
(Curiosa)
..
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